Marco
Feliciano
Retomando o assunto
anterior, a Homofobia, o post de hoje será totalmente dedicado
ao nosso ilustríssimo “Marco Feliciano” atual presidente
da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Com toda certeza vocês,
queridos leitores, já ouviram falar a respeito desse renomado
senhor, e por tanto, devem entender porque devemos dedicar um post
inteirinho a ele.
Para começar uma
foto que dita os conceitos de Marco.
Não! Não
foi uma piada. É exatamente dessa forma que Feliciano trata
Homossexuais, negros, mulheres e Africanos.
Explico.
Nosso queridíssimo
deputado e pastor Marco Feliciano, só tem causado problemas
desde que assumiu a comissão dos direitos humanos. Acusado de
homofobia e racismo, as minorias tentam a todo custo remove-lo da
presidência, mas, não parecem conseguir resultados.
Seguem notícias
que podem ajudá-lo a entender toda a repulsa a Feliciano.
Noticia
1
Acusado de homofobia e
racismo, Feliciano semeia polêmicas no Congresso.
A Câmara dos
Deputados vive uma espécie de "guerra santa" por
causa da eleição como presidente de sua Comissão
de Direitos Humanos de Marco Feliciano, um deputado e pastor
evangélico que condena a homossexualidade e afirma que os
negros foram alvo de uma "maldição" de Noé.
Sua designação
para presidir a comissão, no dia 7 de março, gerou um
vendaval de críticas de órgãos de direitos
humanos, que o acusaram de homofóbico e racista apoiados em
polêmicas declarações públicas feitas pelo
deputado nos últimos anos e que o próprio ratificou nos
últimos dias.
Feliciano, de 40 anos, é
pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamiento, vinculada à
Assembleia de Deus, uma igreja evangélica que tem no país
cerca de 20 milhões de fiéis, entre os quais garante
que há "muitos" que "deixaram" de ser
homossexuais graças à ajuda espiritual.
Suas críticas à
homossexualidade lhe levaram a afirmar que "o amor entre pessoas
do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e a rejeição"
e a atacar o casamento gay, não oficializado no Brasil, embora
existam projetos neste sentido no Congresso.
"O problema é
que depois do casamento religioso, eles podem querer, como já
brigam pela adoção de crianças. E nós
sabemos, a própria psicologia diz, que a criança criada
por dois homens ou criada por duas mulheres tem uma problemática
sem tamanho", declarou Feliciano nesta semana em entrevista à
"Folha de S. Paulo".
Sobre os negros e
africanos, Feliciano (PSC-SP) sustenta que são alvo de uma
"maldição" e cita a Bíblia para se
justificar.
"Citando a Bíblia
(...), africanos
descendem de Cão (ou Cam), filho de Noé.
E, como cristãos,
cremos em bênçãos e, portanto, não
podemos ignorar as maldições",
declarou, em defesa protocolada no STF após denúncia da
Procuradoria Geral da República.
Feliciano afirma que isso
não representa racismo, mas um apego a suas crenças
religiosas e, além disso, diz
que "milhares de africanos" se "curaram" dessa
"maldição" ao "se entregarem ao caminho
de Deus".
Entidades de defesa dos
homossexuais protestam contra o deputado a cada vez que se reúne
a Comissão de Direitos Humanos, que para evitar tumultos
decidiu nesta semana que restringirá o acesso a suas reuniões.
Diversos movimentos, como
o Grupo LGTB Arco Iris do Rio de Janeiro, consideraram essa decisão
como uma "afronta" à "mobilização
da sociedade civil contra o disparate" de que uma pessoa
"homofóbica, racista e machista" dirija essa
comissão.
O presidente dessa
organização, Julio Moreira, lamentou em entrevista à
Agência Efe sobre a presença de "deputados
fundamentalistas religiosos" no Congresso, sobre o qual disse
que deveria ser regido pela pluralidade, e não por
"fanatismos".
Nas últimas
semanas, os protestos contra Feliciano lotaram as redes sociais, nas
quais foram convocadas manifestações e vários
"beijaços" em lugares públicos.
Artistas como Caetano
Veloso se somaram às manifestações e até
incentivaram a cantora Daniela Mercury a assumir que tem uma relação
amorosa com a jornalista Malu Verçosa.
"Numa época
em que temos um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito o
meu amor aos 7 ventos. Quem sabe haja ainda alguma lucidez no
Congresso Brasileiro", escreveu Daniela no Instagram e em nota à
imprensa.
O PSOL pediu na última
quarta-feira o início de um processo disciplinar contra
Feliciano na Câmara por quebra de decoro parlamentar,
denunciando que ele teria tirado proveito do mandato em benefício
próprio e usado cota parlamentar para pagar empresas que lhe
prestaram serviços particulares.
Além da denúncia
apresentada pelo PSOL, deputados do PT, apoiados por colegas de
outros partidos, protocolaram um recurso na Mesa Diretora da Câmara
que pede a anulação da reunião da Comissão
de Direitos Humanos que elegeu Feliciano como seu presidente.
O deputado Eleuses Paiva
(PSD-SP), que também exige a renúncia de Feliciano,
declarou à Agência Efe que "é necessário
resolver este clima de 'guerra santa', encontrar uma solução
e evitar um desgaste maior" do próprio Congresso.
A indignação
ultrapassou as fronteiras do país, e o coro crítico
ganhou a voz da Anistia Internacional, que rotulou de "inaceitável"
a eleição de Feliciano para esse cargo por suas
"posições claramente discriminatórias",
e exigiu à Câmara que "corrija o erro".
No entanto, as pressões
até agora não surtiram efeito, e Feliciano insiste que
não vai renunciar, pois foi eleito de forma "legítima"
pelos outros membros da comissão.
Noticia
2
Com um discurso
inflamado, o
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara,
Marco Feliciano
(PSC-SP), ameaçou
nesta quarta-feira (19) uma
rebelião da bancada evangélica
--composta por 80 deputados-- caso
o governo interfira na votação do projeto conhecido
como "cura gay".
A mensagem foi dita quando o deputado chegava para uma audiência
pública da comissão.
Ao negar que a votação
da proposta tenha sido uma provocação às
manifestações que tomam as ruas de vários
Estados, o deputado
disparou
ataques
a ministra Maria do Rosário
(Direitos Humanos) que prometeu mobilizar o governo para evitar que a
proposta avance na Casa.
Ministra dos direitos
Humanos condena aprovação da 'cura gay'
ONG critica aprovação
de projeto que permite 'cura gay' no Brasil
Vice-líder da
Minoria na Câmara entra com recurso contra aprovação
de 'cura gay'
Feliciano recomendou
"juízo para a dona ministra", disse que ela "mexe
onde não devia" e recomendou que ela procure a presidente
Dilma Rousseff porque "o próximo ano" tem eleições.
O projeto permite
a psicólogos oferecer tratamento para a homossexualidade
--a chamada "cura gay", segundo os críticos da
ideia, e terá que passar por outras duas comissões da
Casa. Feliciano nega que a proposta tenha essa linha.
"O governo sempre
tenta barrar [projetos]. Isso acontece com todos os projetos, não
é somente com esse. É o jogo político",
disse. "Queria aproveitar e mandar um recado: dona ministra
Maria do Rosário dizer que o governo vai interferir no
Legislativo é muito perigoso. É perigoso dona ministra
principalmente porque ela mexe com a bancada inteira", afirmou.
Segundo o deputado, a
ministra deveria procurar a presidente Dilma Rousseff antes de falar.
"A ministra falar que vai colocar toda máquina do governo
para impedir um projeto. Acho que ela está mexendo onde não
devia, senhora ministra juízo, fale com a sua presidente
porque o ano que vem é político", completou.
Em 2010, a campanha
presidencial foi para segundo turno, sendo que um dos motivos
apontados foi a onda de boatos entre eleitores religiosos contra
Dilma.
Ontem, a ministra
condenou a votação da matéria na comissão.
"O projeto significa um retrocesso
na medida em que não reconhece a diversidade sexual como um
direito humano.
Quando se fala em cura, se fala na verdade que as pessoas estão
doentes", disse Rosário. "Somos cientes da
responsabilidade de dialogarmos mais para que o projeto não
venha a ser aprovado."
Questionado sobre às
críticas dos líderes da Casa de que não havia
clima para votação da proposta diante dele ser alvo das
manifestações, Feliciano desconversou. "Não
tem nada a ver com as manifestações. O projeto estava
para ser votado há dois anos, e o projeto estava vindo sendo
votado há dois meses. Isso é regimental. Críticas
fazem parte, um país democrático e funciona assim",
disse.
Protestos contra Marco
Feliciano
Alexandra
Martins-18.jun.13/Câmara dos Deputados
Os deputados Anderson
Ferreira (PR-PE) e Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da CDHM, em
reunião ordinária em 18
de junho,
dia em que a proposta sobre 'cura
gay' foi aprovada;
durante o debate, manifestantes
exibiram cartazes com frases contrárias ao texto.
PROJETO
O projeto de decreto
legislativo, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO),
suspende
dois trechos de resolução
instituída em 1999 pelo CFP (Conselho
Federal de Psicologia).
O primeiro trecho sustado afirma que "os
psicólogos não colaborarão com eventos e
serviços que proponham tratamento e cura das
homossexualidades".
A proposta aprovada ontem
anula ainda artigo da resolução que determina que "os
psicólogos não se pronunciarão, nem participarão
de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação
de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais
existentes em relação aos homossexuais como portadores
de qualquer desordem psíquica".
Na justificativa do
documento, Campos afirma que o
conselho
"extrapolou
seu poder regulamentar" ao "restringir
o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber
orientação profissional".
A votação é
uma vitória da bancada evangélica, que tenta avançar
com o projeto há dois anos. Durante o debate, manifestantes
exibiram cartazes com frases contrárias ao texto. "Não
há cura para quem não está doente", dizia
um deles.
HISTÓRICO
Desde o mês
passado, a votação foi adiada ao menos cinco vezes, por
diferentes motivos - desde falta de quórum a pedido de vistas
de congressista.
O relator do texto na
Comissão de Direitos Humanos, deputado Anderson Ferreira
(PR-PE), foi favorável ao projeto. "A Psicologia é
uma disciplina em constante evolução e tem diversas
correntes teóricas, sendo difícil determinar
procedimentos corretos ou não, metodologias de trabalho
apropriadas ou não", afirma o deputado em seu relatório.
"É direito do
profissional conduzir sua abordagem conforme a linha de atuação
que estudou e prefere adotar. Também constitui direito do
paciente buscar aquele tipo de atendimento que satisfaz seus
anseios", completa ele.
Para Ferreira, a mudança
na resolução do Conselho Federal de Psicologia reforça
a "liberdade de exercício da profissão" de
psicólogo.
A
proposta é rejeitada pelo CFP.
No ano passado, a entidade recusou-se a participar de uma audiência
pública realizada na Câmara para debater o projeto. O
conselho inclusive lançou uma campanha contra a ideia. A OMS
(Organização Mundial de Saúde) deixou de
considerar a homossexualidade doença em 1993.
POLÊMICA
Desde que assumiu o
comando da comissão em fevereiro, o deputado Marco Feliciano
enfrenta protestos de ativistas de direitos humanos que o acusam de
racismo e homofobia. Ele nega. Uma das críticas dos ativistas
é que o deputado beneficiaria os evangélicos na
discussão da proposta na comissão.
No mês passado, em
seu Twitter, Feliciano defendeu a inclusão do projeto na pauta
da comissão, afirmando que "não podemos fugir de
assuntos como este". O deputado ainda criticou a cobertura da
imprensa sobre o assunto.
"A mídia
divulga um PL [projeto de lei] como "cura gay" quando na
verdade ele não trata sobre isso, até porque
homossexualidade não é doença", escreveu na
ocasião. "Esse projeto protege o profissional de
psicologia quando procurado por alguém com angústia
sobre sua sexualidade", disse.
Como puderam ver,
Feliciano nega as acusações e distorce o que ele
próprio disse em outras ocasiões, mas, seu próprio
twitter não nos deixa mentir. Além disso nenhum
profissional da área de psicologia alguma vez chegou a
mencionar a necessidade de um “programa” para aprender a lidar
com a diversidade sexual. Agora pergunto.
A forma com que ele usa
as palavras dá a entender exatamente o que?
Na nossa concepção
ele trata das minorias como escorias, e por tanto deveria ser
condenado. Independente de usar a bíblia ou não para
ocultar seus conceitos, sua fala é mais que clara. É
inaceitável para um país que se diz emergente permitir
tais atrocidades contra a humanidade. Mesmo sendo falha nossa
constituição abrange a todos, e por tanto deve condenar
pessoas que indagam tal tipo de intolerância.
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